domingo, 17 de agosto de 2008

recurso II

Rota imprecisa de especiarias, algo estranhas
as ruas
de Riga estendiam-se debaixo dos meus pés
e tu, completamente absorto do mundo
e estranho a mim,
de pé,
cigarro na boca, mais belo do que a própria beleza,
exibindo o teu corpo mais que perfeito
o teu cabelo loiro quase de ouro
a voar com o vento
para a esquerda.
Como aproximar-me de alguém
que é mais belo
do que a beleza? Eu, olhos azuis,
cabelo preto,
um ar triste que ninguém não percebe,
como agarrar com as mãos o teu
sorriso
prendê-lo eternamente?
Impossível.
Contentei-me em ter-te o corpo
nessa noite
e não mais
te ver. Pensar em ti,
sem saber ao certo qual o teu nome
pensar no que fiz contigo
e no que não fiz.
Trazer-te comigo
para sempre.

Sem comentários: