Pela estrada
me afasto.
Pela estrada
fico mais longe do quarto
em que incansável, num desespero anormal,
te rasguei as roupas
por temer as tuas palavras.
Nem sabia o que te dizer
se me perguntasses. Cada vez que gemia,
o que queria era chorar.
Tocava-te os seios com força, queria que te doesse
como me doía a mim
que não me amasses. Que ninguém me amasse.
Pela estrada
vou sem que ninguém me ame. Agarro o volante como se agarrasse
a vida. Perder o controlo do carro.
Perder a vida.
segunda-feira, 18 de agosto de 2008
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