A família do assassinado implora
por justiça. O culpado clama insanidade,
estava insano quando esfaqueou o rapaz que ia
comprar pão. Não sabia, coitadinho.
O juíz dá razão ao culpado. É cego.
Há alguns dias atravessei a estrada para
ir tomar café ao bar da praia
e vi-o, com um cão. Ao percebê-lo cego,
percebi porque dera razão
ao culpado.
A família afoga-se agora em
calmantes, Valium 10 e Xanax,
a chorar em frente aos retratos mórbidos
do rapaz, sem culpa alguma que
o juíz precise de um cão para
andar na rua.
quinta-feira, 4 de setembro de 2008
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